A entrada em vigor da regulação do Banco Central para o mercado de criptomoedas inaugura um novo ciclo para o setor, especialmente no que diz respeito ao comportamento e ao interesse das grandes instituições financeiras. A transição para esse ambiente mais seguro e supervisionado foi acompanhada de perto por especialistas como Paulo de Matos Junior, que avalia 2026 como um divisor de águas para investidores institucionais que desejam atuar no Brasil com maior previsibilidade e controle de riscos.
Um mercado mais seguro e alinhado aos padrões internacionais
A partir de 2026, o mercado brasileiro passa a operar com requisitos de governança, compliance e transparência compatíveis com aqueles exigidos em grandes centros financeiros globais. Isso significa que fundos, bancos e gestores profissionais passam a encontrar um ambiente regulado, com regras claras e fiscalização contínua. Segundo Paulo de Matos Junior, essa equivalência internacional diminui as barreiras de entrada e melhora a percepção de risco do país para quem está disponível alocar capital no setor de criptoativos.
A redução de riscos operacionais e jurídicos
Investidores institucionais costumam evitar ambientes pouco regulamentados devido ao risco de fraudes, inconsistências contábeis e insegurança jurídica. Com a nova supervisão do Banco Central, as empresas que oferecem serviços de ativos virtuais precisam cumprir normas de auditoria, identificação de clientes, monitoramento de transações e gestão de riscos. De acordo com Paulo de Matos Junior, esses mecanismos criam uma base sólida para operações de grande volume e tornam o mercado mais confiável para estratégias de longo prazo.

A entrada de novos produtos e soluções financeiras
Com a formalização dos PSAVs e sua equiparação aos padrões aplicados a bancos e fintechs, espera-se o surgimento de produtos mais sofisticados voltados para o público institucional. Entre eles estão serviços de custódia profissional, tokenização de ativos, derivativos lastreados em criptografia e plataformas estruturadas de liquidação.
Mais liquidez e participação de grandes players globais
Ambientes regulamentados costumam atrair bolsas internacionais, provedores de infraestrutura e instituições financeiras que operam com grande capacidade de capital. A chegada desses players aumenta a liquidez do mercado, melhora a execução das operações e favorece a formação de preços mais resultados. Para Paulo de Matos Junior, o Brasil tende a se posicionar como um dos polos mais relevantes da América Latina no mercado de ativos digitais, ampliando o interesse de fundos estrangeiros.
Previsibilidade e expansão no médio e longo prazo
Com regras claras e mecanismos robustos de fiscalização, os investidores institucionais passam a ter maior previsibilidade para modelar riscos e operações planejadas. Isso estimula alocações mais consistentes, incentiva a criação de mesas dedicadas ao setor e fortalece a integração entre o sistema financeiro tradicional e o universo dos criptoativos.
Autor: Robert Villines